sábado, 15 de março de 2014

A presidência nos espera

Não acredito que seja possível, na vida que temos hoje, que exista alguém que realmente faça algo em prol de um mundo melhor. O que temos é marketing pessoal e isso é só o começo. O governo compra a mídia por saber a força que ela tem e você acredita no que é porque ela te influencia.

Percebam que o verdadeiro líder não é poderoso. A pessoa poderosa é um qualquer que apenas tem o poder por tê-lo. O Líder é líder. Uma andorinha, não faz nada, apenas voa e todas as demais vão atrás. É assim que funciona.
É esse líder que nos falta, somos influenciados politicamente pelo passado e castrados pelo que nos espera o futuro. Temos a incapacidade de ser verdadeiros e de acreditar na verdade. Damos preferência ao que é belo aos nossos olhos mesmo com sua deficiência escondida por debaixo dos panos.

Deixamos de falar o que pensa porque é necessário agradar a maioria. Nossa cultura tende a acreditar que qualquer ideia que se defenda é porque a praticamos. Isso não é lógica para pensadores. Deve-se saber separar tipos de pensamentos, entender raciocínios opostos, saber discuti-los e mesmo assim manter sua opinião pessoal.

As discussões no Brasil são muito emotivas e pouco racionais. Hoje nos aflige com razão, saber o que nos falta para um Brasil "melhor", mas não temos ideia de como ele já foi. Como o sofrimento de hoje é resultado da inexperiência e falta de atitude no passado.

Nosso país vive com suas marcas cicatrizadas que não nos deixam esquecer nosso passado repugnante, mas que deixamos passar despercebido diante da atualidade política que vivemos.
O Brasil nunca foi um país que impusesse respeito. Lidamos com a obscuridade do tempo da ditadura que revolta e ainda deixa marcas, a vergonha das Presidências do tipo Sarney que tão pouco teve interesse em lutar por algo e nem fingir o papel de governo foi capaz de fazer, Collor que dispensa comentários, Itamar Franco que tentou mas sabia que não ia dar. FHC com sua privatização marcada pela época condenada por muitos, mas esquecemos que foi quem tirou o país daquele buraco da inflação em que o Brasil estava afundado, Lula que trouxe a igualdade social.

Todos os governos deixaram cicatrizes que jamais serão esquecidas e que nos lembraremos para sempre. Erros e acertos dignos de governantes que por vezes errando, tentaram acertar.

Nenhum governo jamais será cem por cento, sempre será um cobre daqui e descobre dali, e assim vamos tentando manter algum tipo de equilíbrio já que a humanidade não tem futuro oi ainda acredita-se em milagres?

A sociedade busca por aqueles que assumem posição, e assumir posição também é fazer críticas. PT e PSDB ajudaram a estabilizar a democracia que imaginamos ter. Nessa altura do campeonato temos poucos meses para entregar o Brasil de bandeja a alguém e ainda não sabemos o que fazer.

Dilma poderá ser reeleita. Qualquer possibilidade que tenha tido em ter mais votos a favor, escafedeu-se quando a pena dos mensaleiros dada por Joaquim Barbosa foi recorrida e nada mais feito.
Jura? Que nada! a população não se importa.

 Teremos Marina Silva, pela REDE sustentabilidade que, sejamos realistas, não rola. É uma utopia interessante, mas Marina Silva sempre esteve como "Sonhática" e dificilmente conseguirá o poder pelo poder. Muitos não acreditam em sua capacidade e sinceramente, nem eu. Comandou o Ministério do Meio Ambiente por cinco anos e ao alegar falta de apoio político abandonou o governo Lula, se candidatou pelo PV e ficou em terceiro lugar com vinte milhões de votos.  Isso é bom, mas de terceiro para primeiro tem chão.

No PV especula-se que teremos Fernando Gabeira como candidato, bom pelo menos ele foi um revolucionário na época da Ditadura, sequestrou o embaixador americano na época e ao meu ver, isso conta pontos a favor.

Eduardo Campos no PSB que seria uma nova oportunidade para tentarmos mais uma vez algo novo, mas não podemos esquecer que a população não possui mente aberta e não arrisca, o que é uma pena já que grandes transformações se adequam com o novo.

Aécio Neves - PSDB, sem chances. Não há mais possibilidades de um Tucano parecer no Poder, não nos próximos vinte anos. A esquerda se tornou um grupo moralmente superior e não tem cultura que abafe tal afronta.

Não manifesta-se contra partido A, B ou C, a manifestação é contra todos e é difícil a capacidade de liderança numa sociedade complexa como a nossa. O poder afasta e não mais se identifica com tradições conservadores de direita ou esquerda. No final todos querem mamar nas tetas do governo e mesmo assim todo esse conservadorismo negado, ainda existe fortemente. As pessoas dizem que não são, mas na prática são conservadoras.

Como o político não tem comunicação com o povo, eles não sabem o que é o povo.
Sou de esquerda mas não sou petista.
Acredito que precisamos é de uma reforma política, parar de votar como analfabetos funcionais. O povo na realidade não estão preocupados com as mentiras e honestidades dos políticos. Só dizem que estão, mas continuam votando neles, a política sempre foi assim e ter de mentir sempre fez parte do jogo político, se nos desagrada o problema é nosso. 

Coloque na sua cabeça que não existe político bondoso. Ele não se importa com você. Nunca, jamais em nenhuma circunstância se importará, eles só falam o que você quer ouvir.

Você acredita que com manifestos políticos conseguimos chacoalhar um governante? Consegue ameaçar seu poder?
As ações humanas só podem ser avaliadas pelo o que se consegue conquistar, o que importa é o sucesso das mesmas. Dilma conquistou o poder então agiu bem, quem não conquistou agiu mal.  A ação de um governo é julgada pela população pelo o que é conquistado. Nos deixamos levar pelas aparências e pelos resultados. 

Seu papel é fazer as pessoas viverem da maneira que ele quer que as pessoas vivam. O bom político não é o que nega seus sentimento, mas aquele que os usa a seu favor. Canalizando-os para conseguir mais poder.
Eles simulam, vão a TV mostrar indignação pois sabem que o povo gosta mais da mentira do que da verdade. O fim será sempre mau para uns ou outros.

O Brasil precisa de homens capazes, é necessário introduzir pitadas de vontade popular. Não se faz reforma política sem alterar a constituição. Deveríamos ter voto sem vinculação de partido político já que essa tal democracia existe. O que a população quer são respostas. O povo quer participar das decisões, e o que temos hoje no governo são representantes sem vontade de fazer reforma.

Não se pode tirar conclusões em trajetórias acadêmicas, é preciso ter o pé na realidade. O que vivemos hoje no governo atual é artificial. Precisamos descobrir a verdade para então romper com a ignorância.
Acho justo e relevante trazer para nosso governo um partido ainda não testado, a novidade é revolucionária e sem mudança não tem melhora. Ter medo de mudar só nos torna mais parte do analfabetismo funcional que já vivemos e aquele que engana sempre encontrará alguém para enganar.
Devemos em quem apostar?

Depoimento de um Call Center

Sou operadora de call center, atendo uma das maiores empresas conhecida hoje no Brasil em telefonia móvel e fixa. Móvel agora, fixa a anos. Aqueeeela telefonia famosa, líder em reclamações mas que ninguém se atreve em abandonar, a realidade é que muitos abandonam pra voltar traumatizados depois.

O dilema começa na seleção dos candidatos na primeira entrevista, passa-nos uma prova de português, matemática e conhecimentos gerais. Aquelas provas imbecis que todo mundo passa, depois pedem para digitarmos um texto no Word pra ver se não somos totais analfabetos e dai estamos contratados.

O exame admissional é na própria empresa para que não dê tempo de fugir assustada com o salário. Dispenso comentários, afinal, alguém conhece uma empresa que realmente faça um exame admissional decente? Será que acreditam que vou responder que já usei drogas, bebo constantemente, faço sexo sem camisinha e não tenho ideia do meu ciclo menstrual?
Isso não é possível.

Começa o treinamento teórico que serve para termos uma ideia do que você vai fazer na operação e para fazer amigos. E nada como fazer amigos não?. Oras bolas, eu não entro numa empresa para fazer amizades nem tão pouco para compartilhar sentimentos e é incrível como a maioria dessas pessoas que trabalham em call center adoram interagir, combinar cervejas e festas baratas. Ligam para saber se você vai trabalhar no mesmo horário que ela e tantas quais mais besteiras de quem não tem o que fazer.
Quem trabalha com atendimento não tem tempo pra respirar, quem dirá ficar contando casos e fingindo interesse no acontecimento da vida alheia.

Começa a labuta, coloca o readset no ouvido, pede a Deus que te livre de pessoas infernais e pimba: " Gabriela Bom Dia, com quem eu falo?", e claro que é o Diabo. Sim, ele te liga diversas vezes por dia, te enganando cada vez numa forma diferente, com vozes diferentes, testando sua paciência e te provocando para que a cada pronunciamento você mande o cliente pro lugar que ele veio, o quinto dos infernos.

Dica numero um, se for ligar nesses atendimentos, engula sua insatisfação porque caso ligue com mau humor, berrando ou reclamando que está horas aguardando ser atendido, você corre sério risco de ter de ligar novamente.

Sim, desligamos na cara de clientes folgados e mal educados. Entenda que, nós call centers nada temos a ver com as merdas que a empresa faz e nem tão pouco nos importamos com seu problema. Enquanto você está reclamando, nós te colocamos no mudo (e você não sabe), te xingamos para o atendente do lado, comentamos seu erro de português, rimos dele e ao voltar pedimos para repetir a solicitação porque absolutamente não prestamos atenção em nada que o Senhor disse.

Dica número dois, não adianta chorar, dizer que a mãe morreu, ou que tem um filho na cadeira de rodas, ninguém se importa e o técnico não vai ir mais rápido para a sua casa por causa disso.

Dica número três, quando perguntarmos : Qual o motivo da ligação, diga qual é o motivo da ligação, não precisa contar a história inteira porque isso acaba com a paciência que já não temos e se o ódio nos tomar conta o prejudicado será você.

Dica número quatro, não adianta passar protocolos anteriores. Eles não servem pra nada. Protocolo de atendimento serve exclusivamente caso precise um dia da ligação gravada. Você não ajuda o atendente querendo passá-lo, ao contrário você o irrita.

Dica número cinco, não adianta ameaçar dizendo que vai cancelar a linha, que vai no Procon ou na Anatel, primeiro que não acreditamos e segundo ninguém se importa e sua escolha tão pouco nos afeta.

Dica número seis e não menos importante. Ligue preparado, caneta, bloco de anotações e CPF do assinante são cruciais para o atendimento. Não ligue sem esses detalhes a mão  porque temos tempo cronometrado para te atender, e sua enrolação nos traz aborrecimentos, e nossa impaciência é a ineficiência da resolução da sua dificuldade.

Ao ligar seja simpático, paciente, responda apenas o que lhe foi perguntado. Seja breve e direto ao assunto. O Call center te odeia, e você obviamente o têm o mesmo desprezo, mas é ele que tem sua linha nas mãos e se resolveu ou não sua solicitação, você só vai saber após 48 horas.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Idolatre a dúvida

O que seria questionar num país que preza a educação e o que se determina correto. Um país que preza a forma educada de viver em sociedade e precária nas condições para educação desses seus filhos.

A população no geral sempre esteve engessada no pensamento de que, o governo sendo supostamente superior instala a forma correta de viver, e claro que isso está imposto, e não há razões para questionamentos certo? A forma correta de viver e ter uma vida digna é a forma que eles deixam que seja passadas na TV.
Sim, o que assistimos é controlado pelo Estado.

Não percebem o quanto a elite é triste e tem cara de merda. Felizmente a geração dos tempos de hoje mesmo que subordinada pela avançada tecnologia na ponta dos dedos, consegue identificar a falta de conteúdo existente nas programações televisivas e se adepta aos canais na internet para se sentirem menos burros, mesmo que em redes sociais deixam a maior parte de seu tempo.

A dúvida traz força para a busca das respostas. Lembrem-se que não existe verdade ruim e não existe nenhuma ação que não tenha fundamento político.

Quando questionamos seja a forma como vivemos, o local que escolhemos, os amigos que fizemos, o governo que elegemos, a família que temos, faz com que busquemos o conhecimento fundamental para sermos pensadores.

Buscar o "porque" das coisas e não apenas usufruí-las como se não tivesse um motivo real para que existam, nos torna críticos e passamos longe das imposições políticas. Analisar os dois lados que possam existir numa discussão, e não apenas o lado que convém, ou que a igreja determina. Sair do senso comum e trazer a dúvida para si mesmo.

Sua crença não o impede de entender o mesmo assunto visando caminhos opostos. Pode-se não concordar com nenhuma palavra que disseres, mas precisamos defender o direito de dizê-las.

Seja chato, indague, pergunte, questione e coloque na parede. O interessante desse tipo de
"crueldade" para com o outro é conseguir algum tipo de reação. Provoque para tirar das pessoas o que elas não conseguem mais dizer.

Essa falta de interesse de sermos verdadeiros surge das condições impostas pelo que chamamos de sociedade que é levemente colocada pelos que se acham superiores ao resto da população.
Não se tem o interesse de compartilhar o conhecimento, mas de abusar dele perante a demanda ignorante influenciada pelo que se assiste na TV.

Desde cedo trocamos nossas raízes por esse modo artificial de se viver. Ninguém questiona mais nada, os donos do poder agora contam sua piada, onde só eles acham graça abandonando o povo na desgraça. Vidrados na TV, perdendo o tempo em vão.

Já que ela invade a vida das pessoas, precisava ter o dever de fazer de nossas vidas melhores. Levar cultura, educação, debates, temas de utilidade pública e afins. Isso não é utopia, é algo possível. Precisamos "desensinar" as pessoas de que entretenimento é o legal e que debates são apenas para pessoas fora do normal.  

Indignai-vos!

Os Black Blocs

Tenho pensado sobre os Black Blocs e suas manifestações depredativas.
Os jornais não param de apontá-los. Vândalos, sem caráter, diabólicos,destruidores. De onde será que veio tudo isso?

Para dar início a discussão devemos ter em mente que primeiro: o pensamento da população é manipulado e direcionado com grande influência política; segundo: toda insubordinação causa medo, que consideravelmente atrai a mídia e por consequência a atenção dos poderes.

"Se a tarifa não baixar São Paulo vai parar"
Quando estive em julho nas manifestações em Campinas, me interessei em ver de perto a cara lavada da tropa de choque militarizando manifestantes. Cercaram a prefeitura como se tivéssemos interesse em sequestrar o prefeito.

 Queríamos apenas expor nossa indignação diante de problemas sociais do qual estamos saturados de colocar em debate.
Parecia que estávamos diante de uma casa coberta por diamantes onde plebeus jamais passariam por perto.

Incrível como em pleno século XXI, não temos liberdade em circular pelas ruas, em gritar o que se tem vontade, em proclamar nossos direitos. Que ordem e progresso é esse?
A ordem da polícia, o progresso não sei de quê.

Deixe- nos tomar as ruas para reivindicar e tomar partido que não seremos culpados por depredações.
Será que funciona se que o que move é a raiva?

E ela surge da falta de competência e humanidade de uma polícia que vergonhosamente faz o seu papel, o de ridículo.
Cenas e fotos feitas de policiais passando o limite do que possa ser desacato a autoridade são lamentáveis.
Nunca concordei com que tipo de autoridade a polícia é ou deixou de ser. Não adianta, a reputação é suja e não há quem limpe.

E o desacato com os manifestantes?
Que autoridade a polícia tem em se meter onde não tem competência para administrar? Sinceramente eu não entendo.

Não concordo com a forma destrutiva de bens sociais dos Black Blocs, mas eu posso entender de onde este pensamento vem.
Quando eu como manifestante, após um dia de trabalho saí as ruas e sem saber por qual motivo estava sem conseguir respirar com aquela sensação de inseto sendo intoxicado por RAID também me deu raiva.

E se eu tivesse forças, cara de pau e coragem, também tacaria tijolos nos vidros da prefeitura ou quem sabe socaria tiros de borracha nos "coxinha".
Claro que isso não resolve nenhum problema e não quero fazer apologia à violência, mas somos seres humanos e o que vem, volta.

Os Back Blocs desafiam a ordem. E que ordem?
Atacam a polícia, destroem propriedades e depredam o que tem pela frente para chamar a atenção às autoridades políticas baseadas no capitalismo inconformado. A maioria são de anarquistas ou grupos que buscam o mesmo "objetivo político" ou a falta dela. Geralmente são os mesmos, de expressar "solidariedade" diante da repressão do Estado.

São os politicamente incorretos, os que não dormem com espinhos na garganta, que gritam e sabem pelo que lutam.
Não são manifestantes, são protestantes e a intenção é de intimidar, aterrorizar.
O papel da mídia é caçar seus líderes, o deles é de fazê-los mais. Afinal, a democracia é fraca quando se tem um poder constituinte que não é ouvido.

Eles são a resposta à violência policial. Uma forma de protesto baseada na depredação de símbolos do estado e do capitalismo. Fazem o que a maioria não tem coragem de fazer.
São minoria diante da covardia e violência dos nossos "Senhores".

Tudo o que o povo brasileiro quer são respostas que não são dadas.
Se me perguntam se concordo com a violência digo que não.
Se me questionam se sou a favor do movimento digo que os entendo.

Dizem que os Black Blocs acabam com o que é de gasto público e seremos nós que pagaremos o concerto.
Ao menos veremos para onde vai o nosso dinheiro que não estará em cuecas e contas diversas milionárias para fora do país.

Hoje em dia ser polícia é motivo de chacota, ser político de corrupção, e ser manifestante?
Meu caro, estamos apenas atrás do futuro da nação.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Nossa senhora da boa pauta!

Há dias procuro uma pauta para escrever e não encontro.
Quando se tem liberdade para escolher o tema, qualquer coisa vira inspiração para redigir mas quando o assunto é tabelado, você dá voltas e voltas e não acha o que precisa.

Senta, come, olha no celular, levanta, bebe água, dá uma olhada na rua, senta de novo, olha sua rede social, pesquisa na internet, assisti a um vídeo engraçado, procura algum debate inteligente para extrair ideias, faz anotações, come de novo, olha no celular e assim é o ciclo vicioso da falta de inspiração.

Você pensa num determinado tema, começa a escrever, lembra de dar atenção ao seu cachorro, volta e acha todo aquele parágrafo uma porcaria e cria em si mesmo um ato desesperador de se escrever qualquer coisa porque não aguenta mais essa falta de ideias.

No meu limite da falta de criatividade resolvo interceptar meu chefe para que se faça Deus e me dê uma luz. Afinal, é ele quem vai publicar a próxima ideia que ainda não tive. E então quando começo a suplicar ajuda resolvo escrever sobre essa falta de conteúdo em mim mesma.

Não devo ser a única, e pode ser que consiga ajudar outras pessoas tão desesperadas quanto a mim que de hora ou outra se depara com a falta de instigação de seu próprio cérebro e isso irrita.
Qual jornalista não tem ideia e criatividade? Nunca vi isso.

Pauta estipulada dá uma travada na cabeça, parece que você tem distúrbios e déficit de atenção. Tudo parece mais interessante, menos escrever. Até que você fica desesperado e vomita qualquer coisa no papel, faz uma pesquisa ou outra e até que sai alguma coisa.

Nada se compara a quando você tem inspiração. Seu texto não é mais qualquer texto feito às pressas para tapar buraco. Você passa a amá-lo admirá-lo e respeitá-lo. O namora por diversas vezes, corrigindo, mudando uma coisa ou outra, acrescentando algo esquecido.

Enfim, passamos por dias de tormentas, mas também de glórias.

Problemas para escrever? Acalme-se e respire fundo. O único problema para a solução de não pensar, é pensar. Redatores em geral, arrasta-se para o computador e da pulos de alegria a cada interrupção, seja qual for. Escrever não é fácil, requer talento, disposição, criatividade, inteligência e força de vontade.

Redigir é uma tarefa árdua onde a preguiça fala mais alto. Escrever bem exige exercícios, muito exercício, o resultado final compensa.

Não perca o ânimo de escrever caso tenha dificuldades e certo tipo de bloqueio. Pesquise o tema, seja objetivo, se não sabe como começar, apenas comece.
Concentre-se em qual é a mensagem que deseja passar, quem deseja atingir e escreva da forma mais simples possível. Textos cheios de explicações científicas com palavras inadequadas cansa, e ninguém lê até o final. Quando surgir uma ideia, anote, leve bloquinhos na bolsa. Surgiu uma ideia ou pensamento, anote o mais rápido possível, nosso cérebro não para e definitivamente em dez segundos você pode esquecer aquela ideia brilhante que acabara de ter.

O mais importante não é como sua redação começa, mas sim como termina. Não tente escrever a versão final do seu texto e frases marcantes no início. A edição do texto leva tempo, mas é crucial para o bom resultado. A boa redação também exige reescrever. A meta é clareza, concisão e objetividade, devemos isso à mensagem que pretende passar, a seu leitor e a si mesmo.

Faça pesquisas, não é plágio ler resumos sobre o tema, afinal ninguém sabe tudo. Faça perguntas ao seu próprio texto e descubra nele o que falta. Lembre-se que o valor do texto só é bom se o conteúdo for seu.

Dizia Edward Wakin, professor de comunicação na Fordham University: "O leitor é um consumidor olhando vitrines".
Com o tempo e exercícios, perceberá seu estilo de escrever, suas qualidades e pontos a corrigir. Escrever sempre será um treino, onde quem vence é sempre o escritor.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Governo "dilma"

A guerra psicológica do governo Dilma que fará o Diabo pra ganhar as eleições.

Em 2014 se o PT for eleito, vão bombardear com esses projetos imobiliários "minha casa, minha vida", vão dar vinte por cento de cotas para negros nas universidades e garantir os médico cubanos para cuidar de “coitadinhos”. Foi esse um dos anúncio do PT em mensagens de fim de ano no final de 2013.


 É disso que o povo gosta né? É isso que o povo quer e é isso que o governo queira que pensamos, que essas ajudas milagrosas resolvam algum problema. Pobres terráqueos!

Precisamos perceber que NÃO!, essas ajudas temporárias pra deixar pobre feliz não resolve! 

Penso que, como cidadã, eu possa usufruir de uma cota numa universidade por exemplo, para meu próprio bem estar pessoal, mas não posso esquecer de pensar paralelo com a realidade em que vivemos.

Você não precisa ser a favor do PT somente porque é um dos seus filhinhos necessitados e todo mês recebe o cartãozinho legal do bolsa família pra garantir o arroz do almoço. 

Gente, pelo amor de deus, vamos acordar! O povo tem o poder de fazer a diferença e é agora, nas eleições. Não estou pedindo para votar em fulano ou ciclano. Mas para ao menos começar a pensar nos prós e contras. Não ter preguiça de pesquisar sobre os candidatos, seu partido no passado e presente.

O mais difícil é mobilizar a população para isso, infelizmente a grande maioria, os donos dos votos de quem realmente faz a diferença é comprado por essas ajudinhas milagrosas, e então "batata", olha a Dilma aí novamente.

Não sou de nenhum partido, mas estou à procura do que melhor se enquadre na minha perspectiva de vida e melhora de um país.

Precisamos perceber que o governo que se adapta é algum que tenha os princípios da vontade de mudar. Que traga revolução e perspectiva de que conseguiremos mudar.
E essa mudança não está nas cotas raciais, nem em predinhos do governo, muito menos em trinta reais por mês no cartãozinho do povo.

É preciso distribuir renda, gerar empregos, dar qualidade nos atendimentos dos hospitais. 

É Preciso enxergar a pobreza, enxergar os mendigos, enxergar a Cracolândia.
É preciso enxergar as pessoas no nordeste. ” É preciso enxergar as pessoas.” 
É preciso tentar mudar primeiramente ajudando quem mais precisa, depois a nós mesmo.
Precisamos ser dignos de um governo, mas pra isso precisamos de um governo digno.

Está longe de chegarmos no fim da corrupção, para isso precisávamos exterminar novamente a população e sonhar para que na próxima vida Eva não leve a maçã até Adão, mas podemos tentar melhorar coisas mínimas como moradia, saúde, água, diminuição em gastos e impostos. Levar um pouco mais de comodidade a quem precisa. Assim, de pouco em pouco chegaremos num consenso de pelo menos um Brasil mais justo.


Tem gente que acha que tudo isso está longe de se realizar, não esqueçam dos milhões investidos nos aeroportos e estádios para uma copa sem necessidade de cultivar.

Uma vez me disseram que eu nunca falo bem do PT. Eu não falo bem de partido nenhum, apenas mostro a realidade que muitos não vê, devido a ditadura da televisão que dita as regras e contamina a nação. Depois que conheci o jornalismo e estudei política, me dei ao luxo de poder nunca mais votar no PT.

A questão é, o PT é a bola da vez. É o partido das cotas, da burocracia, da mentira e do mensalão. É quem está em vigor no momento, é o que nos representou com dólares dentro de cuecas, é de quem devemos falar.


 Não vou ajudar a reeleger um governo pelo qual sai nas ruas de cara pintada para manifestar contra. Não sou hipócrita e sei pelo que luto. Sei o valor de um voto e o valor de engasgar com gás lacrimogênio porque a Luta pelos meus direitos era mais importante. Não posso aplaudir um governo que faz benfeitoria pelo povo sendo que é esse o papel de um governo.


Fez alguma coisa? Ajudou alguém? Era o mínimo. 

Benfeitoria de governo não deve ser aplaudido porque é pra isso que eles são pagos. E muito bem pagos.
Não é milagre, é dever. Não pensem que é ideologia, é investimento.

Podem apostar que depois de todas essas manifestações e movimento histórico que trouxemos ao Brasil em junho de 2013, a Dilma vai ganhar as eleições no primeiro turno em 2014, o que é um vexame na história do país.


O PT foi a maior decepção de quem um dia acreditou que realmente existia um partido para os trabalhadores. Uma junção de desastre e falta de competência.

Porque o povo é assim, esquece e tem o pensamento engessado.
As discussões no Brasil são emotivas, esquecem que política e sentimento nada tem a ver. Para entender política deve-se ser racional. 

A censura de conteúdo político está aumentando de modo preocupante e o governo nos vê apenas como números.

Disse Joaquim Barbosa: " Nem pouco esses partidos e seus líderes tem interesse em ter consciência programática e ideológica, querem o poder pelo poder".

“E isso não prova nada, sob pressão da opinião pública é que não haveremos de tomar nenhuma decisão. Vamos esperar que tudo caia no esquecimento e aí então FAÇA-SE A JUSTIÇA”.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O que não pode ser debatido numa Democracia?



Tipos de jornalismo é o que não falta, pauta pra apurar, fontes pra desvendar, caminhos a percorrer e nunca não ter o que fazer. Sabemos que, quem escolhe o jornalismo, o faz por amor, por acreditar na verdade e num mundo mais digno.

Sempre penso em jornalistas como seres estupendos, inteligentes, descolados e sem pudores para tratar de qualquer assunto sem papas na língua. Qualquer assunto? Nem sempre.


O jornalismo, é tabulado como “seriedade”, dinamismo, coerência e precisão. Sair do eixo significa, sair do senso comum, do que se espera, da mesmice.

Me interesso por política, nem tanto por economia, passo longe da possibilidade de ser repórter. Tenho personalidade forte e gosto de escrever sobre o que me interessa. Posso até saber escrever sobre flores, mas não gosto.


O dever do jornalista é trazer para o público assuntos que passam longe da realidade em que define a população. Hoje em dia, as matérias que passam no Jornal Nacional, um dos mais repercutidos dentre a mídia pública por exemplo, são de interesse público, mas não trazem questões que façam a maioria discutir e realmente se preocupar. As matérias são vistas como “mais um acidente” ou “mais um político corrupto”. As questões passam batido e o interesse pela real manifestação dos fatos se oculta diante da falta de interesse jornalístico em levar além da informação, a vontade de discussão. Fazer o povo pensar, discordar, questionar, ir atrás de respostas. Trazer interesse a assuntos que são publicados sem a ênfase esperada já que a maioria se interessa pelo que vem depois, a novela.


Temos o poder de levar conhecimento a população, temos esse dever, mas quando fala-se em direitos, bom, não se fala. Acatamos o que nossos superiores mandam e acabamos por tomar partido, por vezes opostos pela “necessidade”.

E quem disse que ter opinião seria fácil? Ter razão, nos torna antipáticos. Sabe-se que a mídia é manipulável e por muitas vezes a imprensa é comprada. Tempos difíceis em que se acredita num jornalismo que pode não existir mais, afinal todos temos contas pra pagar. Se o povo começa a pensar, parece que incomoda alguém.


O que quero dizer com todo esse blá blá blá é que hoje tudo é muito sério, muito chato, e nada disso me interessa. Escolhi o jornalismo, não sei porque, sempre tive a certeza de que esta era minha profissão, desde sempre. E meu amor não está em apenas levar notícia ao público. Está em trazer discussões, dividir tudo o que sei com os que não tiveram a mesma oportunidade.


Por vezes esquecemos que existem pessoas tão miseráveis que não sabem compreender a diferença de certos partidos políticos, por exemplo, e votam no que pagou mais na boca de urna. É esse tipo de situação que me traz a vontade de revolucionar, de trazer de volta aquele jornalismo alternativo dos Pasquins, o jeito moleque de mostrar a verdade fazendo rir, descontraindo pra educar. Hoje em dia, dizer a verdade não diverte e a maioria gostaria de ler o que queremos escrever, mas os donos da indústria da mídia preferem os robôs da monotonia e a culpa é do lucro.


Alguns ainda não conseguem distinguir o que é um texto jornalístico, e um artigo opinativo. Uma coisa não tem absolutamente nada a ver com a outra e quando se publica um texto sobre algum tema “polêmico”, subestimam sua inteligência dizendo que o texto tem “muita opinião”.


O que me interessa é levar a realidade ao público e fazê-lo pensar.

Afinal, quem está errado? Isso não existe. Tudo o que nos mandam, achamos uma beleza.

Aprender a dizer não e pensar um pouco sem aflição. Temos medo de quê?

São as narrativas independentes que me interessam, o jornalismo com ação, são aqueles que gritam suas frases querendo apenas “inteligenciar” os demais. Sem medo, sem pudor, sem vender o que se pensa por valor.